Observamos atualmente que muitos umbandistas têm duvidado da eficácia do trabalho das crianças, tanto das de direita, quanto das de esqurda. A estes damos uma sonora resposta: os grandes magos não precisam de muito para trabalhar.
Neste post trataremos desta dúvida manifestada na linha de esquerda mirim. Por falta de conhecimento e certa "diversidade" existente entre casas que trabalham com os pequenos da esquerda, muitos duvidam de seus trabalhos e ensinamentos, colocando a prova até mesmo sua importância no trabalho umbandista e espiritualista em geral.
Recentemente li artigos de outras páginas que diziam que exus mirins eram exus adultos. Já observei que muitos médiuns incorporam as pomba giras meninas (mirins) acreditando incorporar uma pomba gira "adulta". Sem querer mexer no fundamento que cada um aplica aos seus trabalhos, todos nós temos que concordar que um dos motivos do preconceito é justamente este: o mistério por trás destes espíritos, que sempre se apresentam brincando, falando, algumas vezes, em voz elevada, desmanchando demandas, etc.
Se formos investigar mais profundamente o trabalho destes guias, notaremos que, assim como as outras entidades de Umbanda, cada arquétipo por eles utilizado têm um fundamento. Desta forma, entramos na resposta da pergunta que dá título a esta postagem: sim! Os mirins são grandes protetores.
Trabalhando sobre o auxílio e a coordenação dos "adultos de esquerda", os mirins compõem o campo vibracional do orixá menor Yariri, que corresponte a vibração de Yori, que controla a linha das crianças. Assim sendo, sua existência é fundamentada. Eles são grandes instrumentos regredidores de evolução. Eis aí um dos motivos pelo qual os chamamos de protetores.
Na verdade, quando se tira algo de alguém, o mirim está extraindo da pessoa algo que poderia prejudicá-la futuramente. Exemplo: um médium, que, pelo seu desequilíbrio, é afastado dos trabalhos espirituais pelas crianças da esquerda. Logo, não consiste o afastamento um castigo, mas sim uma proteção contra futuros prejuízos, visto que aprendemos no Espiritismo que uma das leis que regulamenta a prática mediúnica é a afinidade, que, neste caso, fará com que o médium em desequilíbrio atraia também entidades em desequilíbrio, criando um processo no qual as entidades causam cada vez mais desequilíbrio no médium, que acaba por alimentá-las, gerando fortíssimos processos obsessivos.
Por aí chegamos a conclusão de que os mirins "antecipam" ações. Ou seja, eles vêm antes de algo acontecer. E é aí que entramos em um outro fator importantíssimo deste guia: o trono das intenções. Assim como os mirins regridem, eles também impulsionam. A sua impulsão se dá, entre outras formas, pela geração de benéficas intensões no indivíduo, o que fará despertar neste o desejo (pomba gira) e consequentemente a vitalidade (exu).
Sabendo que os mirins são "crianças", podemos conceber a ideia de que suas ações podem ser extremistas, por não preocuparem muito com a consequência do que fazem (eis aí um dos motivos para realizarem trabalhos muito rapidamente). Não medindo consequências, têm os pequeninos o poder quase que instintivo de proteger muito aqueles que os amam, chegando em alguns momentos a "tomar a dor" de seu companheiro.
É por essas e outras que concluímos que os mirins são sim guardiões fortes, assim como os exus e pomba giras. Seguram trabalhos, protegem pessoas, locais, e fazem tudo isso muito bem. É por isso que devemos amá-los e respeitá-los. Eles são sim meninos de guarda. São companheiros de todas as horas, e como diriam as frases:
"Ele é Exu! / É Exu Mirim! / Não me nega nada / Sempre me diz sim!"
Onibejada!
Laroyê Esquerda Mirim!
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